Se a transformação digital nas empresas foi super acelerada pela pandemia da Covid-19, também cresceram em escala proporcional os ataques cibernéticos: um efeito colateral da economia digital. Não por acaso, a cibersegurança entrou para a agenda estratégica de sobrevivência e continuidade dos negócios.
De acordo com o estudo “Digital Trust Insights 2022” (PwC), 83% das empresas brasileiras preveem um aumento nos gastos com cibersegurança este ano. No mundo, este percentual é de 69%.
Para lidar com o aumento expressivo das invasões hackers, as organizações precisam de uma resposta rápida, com investimento em soluções tecnológicas, além de ações coordenadas de governança, cultura de prevenção e aperfeiçoamento de processos.
Ao sofrer um ataque cibernético e ter seus dados vazados, as companhias enfrentam impactos tão críticos que podem ter sua existência ameaçada. Perdas financeiras e operacionais diretas, exposição de estratégias e exposição dos dados dos clientes, são alguns dos problemas.
Uma gestão eficaz desse risco exige uma estruturação dos pilares de tecnologias, processos e pessoas com ações coordenadas de prevenção. E, em tempos de economia digital, a tecnologia da informação ganha um papel central na estratégia.
Listamos a seguir ações que a empresa Bravo Research especialista em proteção de dados, entende como fundamentais e que podem ajudar a sua organização a estruturar uma boa base para a segurança cibernética, com respostas para as variáveis atuais mais críticas:
1. Desenvolva um Programa de Segurança da Informação
Variável crítica: vazamento de dados e cultura de compliance
Tendo como centro a área de TI, o programa deve contar com políticas internas e externas para uso de dados, sigilo de documentos, utilização de dispositivos com diferentes níveis de permissionamento, diretrizes para o comportamento de colaboradores ao utilizar sistemas e dispositivos da organização, entre outras normas que englobem toda a cadeia produtiva.
2. Invista em plataformas tecnológicas que protejam os dados e simulem ataques de hackers
Variável crítica: escala e velocidade
Essas plataformas ajudam a mapear as falhas e proteger portas de entrada dos invasores de maneira mais rápida e efetiva, melhorando em escala a prevenção aos ataques. Além disso, verifique com atenção as rotinas de backup automático, medidas de prevenção à perda de dados, firewall, proteção de privacidade e outras funcionalidades. Tudo isso precisa estar em dia!
3. Previna-se contra o vazamento de dados
Variável crítica: Interconectividade e silos de informação
Processos bem-estruturados relacionados à gestão de riscos e incidentes, aliados ao desenvolvimento seguro e monitoramento contínuo dos dados, são fatores-chave de sucesso na segurança cibernética. Atente-se para vulnerabilidades em códigos de sistemas, APIs sem a devida proteção e servidores Cloud mal implementados.
4. Prepare-se para ataques que sequestram dados (Ransomware)
Variável crítica: Infraestrutura e virtualização
Esse tipo de ataque é realizado de maneira automatizada, de forma a acessar os sistemas da organização por meio de falhas de segurança e então encriptar os dados encontrados. Após o sucesso do ataque, os hackers solicitam pagamento de resgate dos dados. O correto gerenciamento e governança de dados e conteúdos sensíveis da organização (Data Governance), como logins e senhas de acesso a sistemas, aliado a sistemas operacionais atualizados e equipe treinada para evitar abertura de e-mails suspeitos (Pishing), são fatores de sucesso no processo contínuo da organização em evitar ataques Ransomware.
5. Forneça treinamentos periódicos para os colaboradores
Variável crítica: conexão entre ferramenta, processos e pessoas
A coordenação entre melhores ferramentas e softwares, processos consistentes e colaboradores bem treinados para agir em momentos de estresse é fundamental para o sucesso da organização frente aos desafios cibernéticos. Nos treinamentos, além de capacitar sobre como agir durante e após um ataque cibernético, é essencial abordar métodos e táticas de prevenção. Trabalhar as áreas de forma integrada é essencial; as áreas de Desenvolvimento Humano e Segurança de Informação precisam estar conectadas.
6. Dissemine a cultura de gestão de riscos e continuidade dos negócios
Variável crítica: consciência do risco e gestão do modelo de trabalho
Treinamentos constantes, diretrizes e políticas bem estabelecidas, abertura a questionamentos e novos modelos de trabalho são alguns dos fatores que reforçam a cultura de gestão de riscos e a continuidade dos negócios em uma organização. Questões como falhas internas, falta de orientação e negligências podem ser minimizadas.